
A importância do câmbio equilibrado para a economia nacional
Há pouco mais de dois anos, os brasileiros viviam uma euforia com o câmbio. A valorização do real em relação ao dólar fez os gastos do país no exterior baterem recordes. Os Estados Unidos eram o destino preferido de quem trocava o mercado interno pelas compras lá fora.
A partir de 2015, com a valorização do real, a lógica mudou. A alta do dólar, veio acompanhada do esfriamento do mercado de trabalho e da economia como um todo. O Brasil agora persegue um ponto de equilíbrio, nada fácil de se alcançar quando o assunto é o câmbio. O sobe e desce da moeda é pressionado por fatos políticos, que surgem provocando turbulências e afetando diretamente a cotação. Fato é que o equilíbrio da moeda americana contribui para o planejamento do negócio e ajuda os investimentos a deslancharem.
Mercado interno
Se por um lado a valorização do real encarece as importações, ela abre espaço para os produtos nacionais no mercado externo, tornando o setor exportador mais competitivo. A expectativa do mercado financeiro é de um câmbio próximo a R$ 3,30 este ano. “As previsões sobre o câmbio estão entre as mais difíceis. O dólar é muito sensível a mudanças na política. Enquanto a estabilidade do governo ajuda a moeda americana a se equilibrar, ao contrário, as turbulências políticas provocam grandes e até surpreendentes oscilações, o que afeta o setor produtivo”, diz o fundador e presidente da Temon, Álvaro Assumpção.
A empresa está entre as 10 maiores do setor em seu segmento de instalações hidráulicas e elétricas. O portfólio de obras da Temon é bem variado e a maioria são empreendimentos de grande porte, que vão de edificações residenciais a hospitais, data center, galpões, shoppings e arenas de futebol. Com atuação exclusiva no mercado interno, parte dos materiais utilizados pela empresa são importados principalmente de países asiáticos. A disparada do câmbio pode afetar o custo das empresas. “O ideal é que o dólar flutue em patamar de equilíbrio, sem sobressaltos ou bruscos altos e baixos”, afirma o empresário.
O equilíbrio do câmbio é apontado por especialistas como um dos ingredientes também cruciais contra a recessão. Outro ponto para que o país volte aos trilhos é a retomada dos investimentos.
Mesmo com as turbulências na política, a empresa não deixa de confiar no Brasil e na retomada da economia. A Temon freou as demissões, mantendo seu quadro de funcionários (1.600 colaboradores diretos), continuou a investir na formação da equipe, em tecnologia de ponta e na excelência da qualidade.
Last modified: julho 6, 2017